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sábado, 15 de dezembro de 2007

Santa Luzia...

A ermida de Santa Luzia, em Coruche, foi fundada provavelmente pelo Condestável D. Nuno Alvares Pereira, nos principios do Sec. XV, em sinal de agredecimento a Nossa Senhora.
Por esta razão, e também para se distinguir da ermida existente no Castelo, a Capela foi primeiro designada de Nossa Senhora-a-Nova e mais tarde de Nossa Senhora da Graça, ainda hoje a padroeira, cuja festa era celebrada a 8 de Setembro, chegando a realizar-se corridas de toiros e um cortejo etnográfico, por essa ocasião.
Devido a uma transladação de imagens, a igreja passou a chamar-se Santa Luzia, tendo-se desenvolvido o seu culto rápida e fervorosamente.
O templo conheceu várias obras de restauro, ao longo dos seculos, e ocupa hoje uma área maior do que a capela construida inicialmente naquele lugar.
Situa-se numa encosta com terrenos cultivados, pelo menos desde o tempo dos Romanos. Têm sido encontrados muitos vestigios de uma vila Romana bem como restos de anfôras e um sestércio do sec. II da era cristã, com o busto de Marco Aurélio e no seu verso Minerva, de pé segurando Vitória e apoinado-se num escudo.
No século XIX, foi instalada, na propriedade junto da igreja uma fábrica de curtumes, da qual restam os tanques. Esta propriedade que até meados dos anos sessenta se chamou "Horta Fabrica" passou a ser conhecida por "Horta de Santa Luzia".
Esta quinta é famosa pela ermida na azinhaga que a divide, pela qualidae da água, pelas bagas secas da galacrista que, segundo o povo, limpam as impurezas da vista e pelos raminhos de louro, que os crentes gostam de levar para casa depois da missa em Honra de Santa Luzia.
"Constante na fé, Luzia venceu o inimigo com o preço do Sangue" Protectora da vista (Mártir cristã do séc. IV)