Coruche num só click...

domingo, 26 de outubro de 2008

É assustador...

Erros de medicação matam 7 mil portugueses por ano!
A administração errada de medicamentos aos doentes hospitalizados é responsável pela morte anual de 7.000 portugueses, mas apesar de serem evitáveis, «estes erros existirão sempre e sem culpados» pois «é o sistema que falha», diz uma especialista.
Aida Batista é a presidente da Associação Portuguesa dos Farmacêuticos Hospitalares (APAH) e reconheceu que o erro de medicação nos hospitais «existe e vai sempre existir».
«Não se trata de um erro humano, mas sim do sistema», esclareceu, lamentando que muitos destes erros sejam escondidos, por receio dos profissionais serem acusados.
É ao próprio sistema que o erro é atribuído, pois «apesar de os profissionais trabalharem com o maior cuidado, pode existir uma falha», disse.
De acordo com Aida Batista, o erro pode acontecer pelas mais variadas situações, desde que o médico prescreve o medicamento (por letra ilegível ou por confusão na dose), à farmácia que o distribui (confundindo as embalagens, por exemplo), ou o enfermeiro que o dá ao doente (que pode ser o doente errado).
«Os erros podem acontecer em qualquer destas fases do processo», disse a presidente da APFH, que há anos se preocupa com esta questão.
Este erro é responsável por 7.000 mortos em Portugal, segundo dados corroborados pela autoridade que regula o sector do medicamento (Infarmed). Os casos não são exclusivos em Portugal.
Nos Estados Unidos, por exemplo, entre 44 mil a 98 mil doentes hospitalizados morrem anualmente devido ao erro de medicação.
Aida Batista considera que só quando os hospitais estiverem ligados a um sistema centralizado e igual para todas as instituições é que o erro poderá diminuir.
A presidente da APFH lamenta que não haja em Portugal uma cultura de segurança, razão que, na sua opinião, leva a que os programas de segurança se limitem muito à farmácia do hospital.
«Todos os profissionais de saúde estão envolvidos no fornecimento de medicamentos: o médico, porque prescreve, a farmácia, porque dispensa e o enfermeiro, porque administra o fármaco», pormenorizou.
«Todos são humanos e, por isso, todos podem errar, mas neste caso é o sistema que falha», explicou. Por esta razão, «não há culpados» no erro de medicação.
Dá que pensar...resto de bom Domingo...